Antecedentes

O DPIP surge do diálogo interdisciplinar entre vários investigadores do CES, ligando as linhas de investigação de dois dos seus núcleos de investigação: Núcleo de Humanidades, Migrações e Estudos para a Paz, e o Núcleo sobre Cidades, Culturas e Arquitetura, a que se juntaram académicos de outras instituições portuguesas e estrangeiras de diversas áreas disciplinares.

Ressalte-se nesse diálogo:
a) O anterior trabalho de António Sousa Ribeiro e Margarida Calafate Ribeiro no âmbito do programa de doutoramento “Pós-colonialismos e Cidadania Global” bem como os trabalhos de António Sousa Ribeiro sobre os conceitos basilares do Doutoramento Patrimónios de Influência Portuguesa, como memória, nas suas várias declinações, identidade, testemunho, herança, pós-colonialismo entre outros e de Margarida Calafate Ribeiro as reflexões sobre Portugal e o seu império, sintetizadas no livro Uma História de Regressos: império, guerra colonial e pós-colonialismo e noutras publicações.
b) O trabalho de longo curso de Paulo Varela Gomes e Walter Rossa sobre história da arquitetura e do urbanismo portugueses no Mundo, com especial foco no Oriente, o qual teve como primeiro grande ensaio a montagem do curso de mestrado em “Arquitetura, Território e Memória” do Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra, e mais recente resultado parte considerável da coordenação e redação da obra Património de Origem Portuguesa no Mundo: arquitetura e urbanismo, dirigida por José Mattoso e produzida pela Fundação Calouste Gulbenkian, depois vertida no website interativo Heritage of Portuguese Influence/ Património de Influência Portuguesa (hpip.org)

Foi desenvolvido formalmente um processo ao longo de 2009: primeiro com a aprovação das várias instâncias da UC, a que se seguiu o processo de acreditação pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) em Março de 2010 (Processo n.º NCE/09/01387). A primeira edição do curso teve início em 2010 (2010-2014) e a segunda em 2012 (2012-2016).

Para a segunda edição de 2012, foi celebrado um protocolo de colaboração com a Universidade do Algarve, através da sua Cátedra Odebrecht/Capistrano de Abreu, tendo já em vista o início do processo de internacionalização.

Em 2013, o DPIP foi vencedor do Concurso 2013 do Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações/ Projetos Inovadores no Domínio Educativo da Fundação Calouste Gulbenkian. O prémio constituiu-se no financiamento da construção da versão internacional do DPIP, apoiando os encontros institucionais do consórcio, e o apoio à mobilidade de docentes e discentes, que beneficiam de bolsas de curta duração para o desenvolvimento dos seus projetos de investigação em contexto internacional.

A internacionalização do DPIP articula-se em torno do eixo Europa-Brasil (Universidade de Coimbra e Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro), e tem como parceiros europeus as universidades do Algarve, Bolonha e Paris Ouest Nanterre La Defense e africanos a Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique. No horizonte, coloca-se a expectativa de articulação com o a Universidade Agostinho Neto e a Universidade de Cabo Verde, bem como uma colaboração a Oriente, com especial enfoque na Índia, Macau e Timor-Leste.